Professora Estadual de Malhada/Ba-1890
Entre 1880 a 1914, a formação
escolar /profissional era oferecida ás
normalistas pela Escola Normal da Bahia . O curso normal em
Salvador,ofertava saberes específicos à
formação de jovens com ambos os sexos, para a docência do ensino primário com uma duração
de três anos e a presença de disciplinas como: instrução moral e religiosa;
leitura de prosa e verso, recitação, caligrafia, redação, gramática e análise
gramatical dos clássicos prosadores e poetas, sistema métrico ,sistema de pesos e medidas, desenho linear, aritmética aplicada as
operações praticas, elementos de geografia e historia especialmente do Brasil,
pedagogia, metodologia. Especificamente para o curso normal do sexo feminino
haveria uma cadeira de prendas domésticas. Estudar nesse período não era
acessível a todas as camadas sociais. Vale ressaltar que a inserção das mulheres no processo de educação
formal não foi imediata. Por muito tempo elas permaneceram excluídas desse direito,
em pelo menos, todo o período da colonização do Brasil. Além da desigualdade
presente na oferta da educação, conforme
critérios de classificação social e econômica havia, também, a divisão sexista,
agravada com o impedimento da co- educação,
Para a formação que daria direito aos estudantes
concluintes, o exercício da docência do
ensino primário, os cursos eram ofertados em regime de externato e internato. A
admissão na Escola Normal exigia ser maior de 16 anos; além de ter sido
aprovado em aula primária e apresentar prova de bom comportamento. Ao finalizar
o curso, muitas dessas professoras escolheram o interior da Bahia para
exercerem o magistério primário, sendo
contratadas pelo estado ou na realização de aulas particulares, na maioria das
vezes, as aulas funcionaram em residências isoladas e de condições físicas e
higiênicas comprometedoras. Essas aulas eram ministradas por uma/um professor/a
que não raro custeava o aluguel desses espaços com o seu próprio salário e cada
um/a desenvolvia o seu trabalho da forma mais conveniente.
No final da década de 1890, assim que concluiu os estudos , chega a Malhada, para exercer a função de “mestra” , a professora normalista
estadual Alice Maria da Silva(In Memorian), nascida em Salvador, filha de João
Fernandes(In Memorian)com a mestiça Emília, popular Bobóia(In Memorian). Irmã
de Amália Silva(In Memorian),esposa de Ambrósio Fernandes(In Memorian) ,Arlinda(In
Memorian).Casou-se com o lojista, tropeiro e comerciante malhadense Faustino Antônio de Magalhães(In Memorian).Como
fruto de seu casamento, tiveram 02 filhas: Maria Abadia( In Memorian) e Maria
Olímpia(Mãe Neném-In memorian).Ela faleceu vítima de uma pneumonia.
Depoente e fotografia de Joaquim Donizete Magalhães.
Post: Josedalva Farias
Texto base: Dissertação de Débora Magali Miranda Vieira.
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/15230/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O.%20DeboraMagaliMiranda.pdf
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