Capela de SantaAna em Parateca/Malhada/Bahia-1730
Estudando a dissertação de Gabriela Amorim Nogueira(2011), cujo título: “VIVER POR SI”, VIVER PELOS SEUS: FAMÍLIAS E COMUNIDADES DE ESCRAVOS E FORROS NO “CERTAM DE SIMA DO SAM FRANCISCO” (1730-1790)nas páginas:50 a 59 ela diz:
“O fator religioso muito contribuiu com o processo de povoamento do Médio São Francisco. As práticas religiosas (casamentos, batizados, celebrações) contribuíam para o dinamismo das Freguesias. A Igreja Matriz e algumas capelas se tornaram espaços de aglomeração de pessoas, portanto contribuindo com o dinamismo da região .Muitos escravos e forros das fazendas dos Guedes de Brito preferiam batizar seus filhos na bonita Gruta da Lapa. Além do Santuário e da Matriz, outros espaços, como capelas e oratórios, serviram para, além das cerimônias de casamentos, batizados e celebrações religiosas, outras sociabilidades. Os mais citados são as capelas de:
- Santa Ana da Parateca;
- Nossa Senhora do Rosário de Bom Jardim;
- Santa Ana de Caitité;
- Nossa Senhora de Madre de Deos de Montes Altos e também os
- Oratórios e casas de orações de Malhada, Carinhanha, Cajoeiro.
Esses lugares, a princípio dedicados às práticas religiosas, tiveram suas “funções” redimensionadas a partir das experiências de africanos, crioulos, indígenas, portugueses e outros brasileiros que se entrelaçavam nas redes de convívio forjadas em cada locus social do
“Certam de Sima”. Alargaram a possibilidade de encontros entre africanos e seus descendentes escravos com pessoas de diferentes segmentos sociais. Ali desenvolviam relações de amizades, afetivas e, também, comerciais, ao tempo em que reforçavam aquelas antes constituídas. Certamente, africanos e crioulos souberam aproveitar as possibilidades de estreitar laços afetivos.”
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